
De acordo com a PF, o esquema funcionava da seguinte forma: os suspeitos exploravam os beneficiados, através da retenção de documentos, cadastramento e saque, descontando valores extorsivos. Em outras palavras, os estelionatários, em posse de documentos das vítimas, as submetiam a pagar para receber o auxílio.
Para o delegado, os investigados se aproveitavam da ” ingenuidades e ignorância” das vítimas para aplicar os golpes.
Segundo o inquérito, além de desviar o dinheiro, os estelionatários ainda estavam cadastrados e receberiam o auxílio emergencial, mesmo sem corresponderem aos critérios estabelecidos pelo Governo Federal.
“Nesse caso verificamos que algumas pessoas que não correspondem a esses critérios estariam recebendo esse benefício. Se observou ainda que estes estariam explorando outros beneficiados através da retenção de documentos, cadastramento e saque desses benefícios, descontando valores extorsivos. Se aproveitando da ingenuidade e ignorância desses fatores, com esses documentos davam entrada e recebiam, e retiravam em média 50% do valor recebido”, pontuou.
A investigação identificou pessoas do núcleo familiar próximo a agente político do município que teriam recebido o Auxílio Emergencial, mesmo não atendendo aos critérios de concessão. Pesquisa no Cadastro do Governo Federal confirma tais suspeitas.
“Não se investiga pessoas e sim fatos. Então, durante a análise desses dados, especialmente, se tratando do envolvimento de um agente político e público, se identificou que familiares próximos estariam nesse cadastro de auxílio. É óbvio que essa pessoas não faziam uso do benefícios por conta das condições financeiras com as quais viviam na região”, pontuou.
Informações Blog do Pessoa